O “Ser Africano” ultrapassa a dimensão de nascer ou ser originário de um território que se chama “África”
Como forma a celebrar o 25 de Maio, Dia de África, a editora Moçambicana Ethale Publishing organizou um seminário com o tema “Do modernizar as tradições a glocalização da academia”, em parceria com o Centro de estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho.
O seminário teve como intervenientes, os Professores José Castiano, Emília Afonso Nhalevilo, Armido Armando, Sheila Khan, Jessemusse Cacinda e Victor de Sousa.
Os intervenientes do seminário começaram por saudar a todos africanos pela data, destacando que o conceito de “ser africano” podia ultrapassar as fronteiras do espaço geográfico que se chama África, mas a reivindicação de uma certa identidade africana.
A Professora Catedrática Emília Nhalevilo, Reitora da Universidade Pungue destacou o sentido de ser Africano reflecte a uma identidade e que o Africano pode ser visto como aquele que está em África, assim como aquele que não está localizado em África.
Nhalevilo afirmou ainda que devemos arranjar formas de reformular a tradição, integrando o tradicional ao moderno de forma que permita o desenvolvimento de uma nova racionalidade mais alargada e mais compreensiva.
Os intervenientes sublinharam que a modernidade é um processo de continuidade das tradições, e por outra, essa continuidade aprendemos na academia. É no âmbito deste percurso que podemos discutir a modernização da tradição e a sua glocalização na academia.
“É incrível o poder das redes sociais… Esta conversa partiu de um grupo de whatsapp, e desse grupo surgiu a necessidade de se criar esse debate através das ideias discutidas no grupo, e foi assim que a Ethale Publishing em parceria com o CECS-UMINHO decidiram criar um momento para o debate principalmente num dia de hoje que é o dia de Africa” afirmou Jessemusse Cacinda.
Armindo Armando afirmou que a valorização da tradição é importante, principalmente num processo de afirmar as identidades de um povo, ou na reconstrução da história, e não podemos pensar que a tradição fala somente de algo remoto.
“Quando se fala de tradição não podemos pensar apenas do passado, mas também podemos ter uma continuidade na permanência e esta tradição tem de se referir a valores, costumes, comportamentos memórias, rumores, crenças, lendas, músicas e entre outros valores que uma sociedade pode conservar”, acrescentou.
O filósofo José Castiano defendeu a modernização como sendo um processo de luta pela liberdade singular do homem e contou um pouco da sua experiência em prol de como é vista a tradição em África assim como na Europa, tomando como exemplo a Alemanhã, país onde viveu e se formou.
“Na Alemanha e na Europa o Homem de cultura refere-se ao homem estudado, ou seja, um Homem com uma capacidade mais intelectual e capaz de estar em um local académico, ou em grandes debates discutindo assuntos de ciência, Mas em África um homem de cultura é vista como aquele que é ligada a uma certa etnia, ritos costumes ou dinamismo cultural”, disse.
A cerimónia foi marcada por diversos momentos, a começar pela intervenção do director do Centro Cultural que enalteceu a iniciativa da Ethale, “ler é a porta de entrada para todo o conhecimento, é com a leitura que se planta todas outras sementes que nos permitem o desenvolvimento como seres pensantes, disse Por seu turno, Jesemusse […]
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