Número de Páginas: 114
Data de publicação: 31/12/2024
Género: Filosofia Africana
Este clássico da filosofia africana em língua portuguesa foi escrito em princípios dos anos noventa do século XX. O país ainda estava em guerra e autor acompanhava de longe em Roma, cidade onde vivia, as conversações de paz entre o GOVERNO e a RENAMO. E porque acabara de se tornar Doutor em Filosofia, com especialização em Filosofia da História, colocou-se então a reflectir sobre a História de Moçambique como forma de pensar num projecto político-filosófico [Federalismo] que se mostrasse adequado aos desafios do país.
Entre as perguntas que o livro responde, podem destacar-se as seguintes: O homem de Moçambique pode reconhecer-se sujeito ou simplesmente objecto dos eventos temporais? Somos nós a fazer a História ou somos feitos pela História dos outros? Nos últimos trinta anos [1960 a 1990], realizamos qualquer tipo de progresso ou regredimos pura e simplesmente? Em que tipo de acções nos devemos reconhecer: guerra, emigração, fome, ajudas internacionais, para nos sentirmos realmente realizados? Existe uma continuidade entre o nosso passado remoto e a situação presente?
Mais de trinta depois, apesar da filosofia de Severino Ngoenha ter sido muito estudada, o seu projecto continua intacto. Moçambique debate-se com os mesmos problemas de há trinta anos, por isso que a Ethale e o autor, decidiram voltar a publicar este livro cuja primeira edição saiu em 1992.