Sou uma pessoa não muito pretensiosa e tenho poucas habilidades para criar expectativas" - Melio Tinga, prémio Eugénio Lisboa 2020.
Melio Tinga vence a 4.ª edição do prémio literário da Imprensa Nacional Casa da Moeda
(INCM) Eugenio Lisboa, pela criatividade com que o autor aborda assuntos do quotidiano.
O júri constituído pelo poeta e editor moçambicano Mbate Pedro, na qualidade de Presidente, por
Sara Jona Laisse e Paula Mendes, deliberou atribuir o prémio de prosa literária INCM/Eugénio
Lisboa ao texto Marizza, da autoria de Mélio João Tinga.
Em entrevista a nossa equipe quando questionado sobre qual a sensação de vencer a 4ª edição
do Prémio Literário Imprensa Nacional/ Eugénio Lisboa, Melio Tinga respondeu:
unanimidade pelo júri, entre 42 propostas, deu-me um grande balão de oxigénio. Satisfação, esta
foi a sensação ao receber a notícia”
Que mudanças a conquista desse prémio, trará para sua carreira como escritor?
“Queria poder ter uma resposta profética para esta pergunta, mas sou incompetente para isso,
falta-me jeito para estar a adivinhar as coisas. Sou uma pessoa não muito pretensiosa e tenho
poucas habilidades para criar espectativas. Às vezes um pouco pessimista, com algum exagero.
Este concurso tem um prémio monetário e publicação do livro. Objectivamente é isso que vai
acontecer. De resto o tempo e trabalho dirão”.
Como olha a literatura em Moçambique?
“A literatura em Moçambique está em bom caminho. E, estou firme que tem herdeiros. E saberão
o que fazer dela nos próximos anos. Temos bons poetas jovens. Temos também maus, o que é
parte do sistema. Temos prosadores, em formação. E isso é suficiente para dizer que há
esperança para a literatura no país”.
Melio acredita que a atribuição de prémios do genero, podem motivar a ala dos escritores, fase
Sobre Mélio Tinga
Mélio Tinga nasceu, vive e trabalha em Maputo. É designer de comunicação, escritor e
empreendedor. Cofundador da empresa DESIGN Talk, editor da revista DEZAINE e
organizador da Conferência Internacional Connects. Colunista permanente no Design Culture
(Brasil). É embaixador da Southern Africa Startup Awards (SASA) e fundador da BROKEN. É
diretor de arte e colaborador permanente da revista LITERATAS. É membro do Movimento
Literário Kuphaluxa desde 2013. Foi finalista do Prémio 10 de Novembro 2019, com o livro
inédito Outro Dia a Nuvem Evapora. Dirige o Ventrículo – pequeno jornal de contos. Destacam-
se as seguintes publicações: A Engenharia da Morte (Literatas, 2020), Contos e crónicas para
ler em casa – Volume I (coorganização e participação, Literatas, 2020), Contos e crónicas para
ler em casa – Volume II (coorganização, Literatas, 2020), antologia Idai – marcas em verso e
prosa (coordenação e participação, Gala Gala Edições, 2020), O Voo dos Fantasmas (Ethale
Publishing, 2018), Design de Identidade Visual (ebook), Design Contra Parede (ebook) e O
Hambúrguer que Matou Jorge – Antologia de Contos Criminais Moçambicanos (Ethale publishing 2017)
Ethale publishing